domingo, 22 de junho de 2008

A HISTÓRIA DO DX por PP1CZ, parte II

PARTE II
Os softwares para radioamadores são uma realidade da qual uma boa estação não pode abrir mão.

Há hoje inúmeros softwares para fazer de tudo em radioamadorismo, desde modos digitais, contatos via computador (Echo Link como um exemplo bem acabado), controle de rádio, controle de toda a estação, Log da estação (livro de registro dos contatos de uma estação, obrigação de todo radioamador brasileiro, em Normas da Anatel), controle de tráfego de QSL, impressão de etiquetas de QSOs para QSLs e até mesmo impressão de QSLs. Há softwares para todos os gostos, desde free até aqueles pagos (alguns de custo até salgado para nossos parcos recursos).

Os que particularmente gosto mais são os Softwares de Contestes. Como eles facilitaram a vida dos contesteiros... Hoje, estes programas controlam tudo: se fazemos um contato duplo ele acusa no momento e pode-se informar à estação que estamos fazendo contato para não registrar no Log dele (e creiam-me, ainda ocorrem muitos casos, à despeito de vários programas controlarem isto com facilidade). Acabado o conteste, o software gera todos os relatórios e remete em segundos o extrato ou até mesmo o Log inteiro para a comissão julgadora do Conteste.

Em poucos minutos a comissão já pode ter um panorama geral de como foi o conteste. Há até sites que recebem informações das principais estações que de fato concorrem aos primeiros lugares em cada categoria dos contestes e os colocam na página para serem verificados por todos, naqule que se dá o nome de "Claimed Scores" (ou escores declarados). As grandes estações ficam ávidas pelas informações ali colocadas, para saber se foi bem ou não em determinado concurso. E isto ocorre em pouquíssimos minutos após cada conteste.

Hoje há a internet.
Ah, a internet.
Quanta facilidade ela trouxe.
Mas também, quantas etapas queimadas.

Os DXers mais antigos dirão que já não se faz DXista como antigamente. Hoje as informações são muito mais rápidas, muito mais fáceis. Quer trabalhar uma DX-Pedition? Olhe o DX Cluster e saiba no exato momento em que freqüência eles estão, quem eles estão trabalhando, Long Path ou Short Path*, qual a sua possibilidade de contato, por análise dos Spots (explicado no próximo capítulo).

A internet tornou a coisa muito mais fácil. Hoje é tudo muito rápido, não se perde tempo. Talvez melhor assim, pois me sobra mais tempo para conviver com minha família. Mas, confesso, há o lado ruim disto - muita facilidade tira um pouco da graça.

Contra a força não há resistência. Não sou e não pretendo ser retrógrado em não me adaptar aos novos tempos. Gosto e uso as novas ferramentas, mas adimito que houveram perdas, e estas haverão de ser compensadas, por aqueles que de fato pretendem ser grandes DXers, de alguma forma. Cada qual, à sua maneira, irá procurar este caminho. Alguns perecerão, mas os que bravamente resistirem, deverão aproveitar a tecnologia de que hoje dispomos para de alguma forma trazer benefícios ao seu conhecimento.

Tenham certeza, quase todos os grandes DXers são autodidatas, e conosco não será diferente.
Então, depois d´eu chorar minhas saudades e festejar os avanços que a tecnologia nos trouxe, deixa-me colocar um pouco sobre o DX Cluster, esta ferramente poderosa de nosso hobby. Não sei bem onde surgiu. Desde o fim da década de 1980 e o início da década de 1990, tenho notícias do tal " DX Cluster " na Inglaterra (divulgado, logicamente pelo DX News Sheet). Aqui ficávamos babando com esta possibilidade - imaginem, poder ter no seu computador, no exato momento em que um colega escuta uma estação, receber a notícia de que determinada estação está no ar... era demais para nós.

Mas isto é papo para o terceiro capítulo - até lá.
Forte 73 de PP1CZ - Léo.

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